terça-feira, 27 de agosto de 2013

RODA DE CONVERSA NAS REINIÕES PEDAGÓGICAS


RODA DE CONVERSA NAS REUNIÕES PEDAGÓGICAS”


  
                         O professor quer ensinar? “Só ensina quem aprende” (Paulo Freire) e  o  aluno quer aprender?
                         A dicotomia entre os envolvidos fragmenta a mudança comportamental, dificultando uma construção significativa, partindo do princípio que só há aprendizagem se houver mudança de comportamento.
                         “Educar o imponderável”.(Luis Carlos de Menezes).
                        Numa sociedade em constante transformação, a indústria, a robótica vem eliminando um grande número de postos de trabalho. As tecnologias de ponta também visam otimizar  a diminuição da mão de obra considerada primária ( portaria, estacionamento, pedágio, radar fotográfico, câmaras de segurança, satélite de busca). Uma mão de obra cada vez mais qualificada, e diminuta e uma concentração na área industrial e comercial, a renda está cada vez mais concentrada nas mãos de poucos. Estamos na era dos Serviços nem sempre com qualidade, mas com baixo custo e descartáveis.   Gestores e Professores estão preparados para um diálogo sobre políticas públicas e sociais com alunos, pais e comunidade?.
                           Hoje trabalhamos  uma educação   que tenha significado para o aluno, que seja  de interesse do educando?
                          A escola necessita da adesão de seus usuários (Paro, 2000). A escola deve ter a preocupação de levar o aluno a querer aprender, de buscar interação entre aluno, família e comunidade.
                         Investir na vontade de aprender implica tratar o educando como  sujeito, levando a escola a  conhecer os interesses dos alunos e pais como cidadãos. A escola deve desenvolver valores favoráveis à produção do saber. O que devemos mudar em nossa prática para que o aluno encontre sentido em nossa prática e currículo proposto?
                          Nas décadas de 70 e 80 os professores de física diziam que ensinavam a disciplina dos deuses. Os professores de matemática eram mais modestos consideravam-se verdadeiros discípulos  de Sócrates e Platão. Fecharam-se em seus quadrados/ilhas em “pedestais” tão altos, que alunos, professores e gestores não conseguiam comunicar-se. A aprendizagem foi fragmentada. Habilidades, competências , desenvolvimento cognitivo e conhecimentos específicos pautados em um currículo/conteúdos foram praticamente abandonados.                                                                      
          Nos últimos dez anos ninguém cobrou ninguém, com raras exceções. Diários de classe politicamente corretos, “targetas” entregues bimestralmente, conselho de classe, enfim obrigações cumpridas. A época do “afeto”. Na ultima avaliação “PISA” o Brasil ficou em penúltimo lugar.
                       Virada de 180º - Veio uma nova proposta: um currículo com componentes   curriculares, , conteúdos, pré-requisitos, avaliações diagnósticas, internas e  externas (SARESP e ENEM), um  plano diferenciado com o  qual não estávamos acostumados.                                                                                                                                                                                           Os autores  partem do princípio que todos os  alunos tem todos os pré-requisitos (conhecimento prévio) para a  série proposta. O que é positivo dentro da ótica de currículo em espiral (aumentando a  responsabilidade da recuperação  contínua). Porem é  constante ouvir do professores “Como vou desenvolver esse currículo proposto, se muitos alunos não sabem as quatro operações, principalmente divisões com decimais ,(SNP Sistema de numeração posicional), bem como ler e interpretar gráficos e tabelas, lembrando que um  número elevado de alunos vem de uma de uma educação tradicional no ensino fundamental”. Um número pequeno de escolas trabalham  o  material dourado, desenvolvem no Tangran, noções de área, semelhança, simetria,... Soroban. Mesmo o cálculo mental foi pouco trabalhado em sala de aula bem com outras metodologias de ensino  diferenciadas. Encontramos também Unidades que desenvolvem com sucesso todas essas possibilidades de ensino.
                        As reuniões pedagógicas podem ser um momento ideal para discutir  e pontuar essa defasagem constatada em sondagens diagnósticas? Professores, disciplinas e currículo ainda conversam pouco entre si.                                                                                                             A utilização da interdisciplinaridade poderia amenizar essas deficiências? Ou os quadrados/ilhas da década de 80 ainda estão em todos setores da educação, embora em menor grau, na maioria das vezes mascarados em um discurso politicamente correto.
Após um trabalho aluno a aluno  de 1º ano EM que continua com dificuldades em operações básicas não seria interessante ensinar a utilização de máquina de calcular para que o mesmo não  ficasse isolado ou “bagunçando” pois é a forma que o aluno encontra para  mascarar suas dificuldades de aprendizagem  ou provocar a saída da classe. Lembramos que no SARESP, ENEM, vestibular não é permitido uso da calculadora. Que tal um acompanhamento efetivo desses alunos no sentido de verificar se com ferramentas e metodologias de ensino diferenciadas resultaria em um aumento dos indicadores. Uma conversa com os Professores de matemática, física , química ,coordenador ,aluno e família  em Reuniões Pedagógicas ou reunião de conselho, melhoraria a convivência , convertendo em ações pontuais para a integração desse aluno. Baseado no principio que só há aprendizagem se houver evidência  de habilidades e competências duradouras, quando você efetivamente aprende. A dificuldade está em despertar centro de interesse, gerar novos interesses, possibilitando momentos de criação.
                                                O professor, estuda, aprende, domina conteúdos, cria possibilidades, desenvolve habilidades, competências, trabalha o  raciocínio lógico, faz avaliação diagnóstica nas Provas Diagnósticas e Grades de Correção ), resolve e discute no coletivo as provas diagnósticas, procura dar Feedback aos alunos, conhecimentos prévios,   identifica os pré-requisitos, trabalha na recuperação contínua no momento em que está aplicando uma situação de aprendizagem dentro dos conteúdos , trabalha exercícios do SARESP, ENEN, PISA,VESTIBULAR dentro do grau de dificuldade da unidade didática trabalhada, revê conteúdos/ habilidades quando o grau de dificuldade é superior para dar sentido ao aluno e não haver constrangimento.  Procura os colegas para sanar dúvidas ou metodologia de ensino diferenciada para atingir objetivos de determinada unidade didática. , nas reuniões pedagógicas trabalha no coletivo juntamente com o professor coordenador, discute as principais defasagens ( no sentido de trabalhar pré-requisitos  em situações de aprendizagem  não trabalhadas em séries anteriores ,conhecimentos prévios numa  ótica do currículo em espiral) , sugere questões de Atualidades para o  Vestibular,  sanando dúvidas em questões possíveis em avaliações internas e externas, buscando atingir a nova meta do IDESP,  enfim um professor  nota 1000.
                                                Como quebrar essa resistência: “O aluno querer aprender os conteúdos propostos? Que ferramentas, metodologias de ensino deverão ser utilizadas para dar significado, criar centro de interesse, enfim dar sentido  para o aluno?
                                    Nas séries anteriores foram trabalhadas suas dificuldades? Como desenvolver a competência leitora, interpretação de texto, contextualização. O aluno tem pré-requisito, conhecimentos prévios para os conteúdos proposto? O aluno está familiarizado, com as avaliações externas?
                         A nova versão considera o “tempo de discussão “ fundamental à implantação da Proposta Curricular. Esse “tempo” foi compreendido como um momento único, gerador de novos significados e de mudanças de idéias e atitudes.
                        A maioria das vezes somos donos de um rico discurso, mas uma prática pobre.
                                          Teodorico Sergio Rodrigues de Souza                                                                  
 

Um comentário:

  1. Você poderia melhorar o texto com algumas sugestões/Correções? O texto está muito longo?
    Um abraço.
    Sergio

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