RODA DE CONVERSA NAS REUNIÕES PEDAGÓGICAS”
O professor quer ensinar? “Só ensina quem
aprende” (Paulo Freire) e o aluno quer aprender?
A dicotomia entre os envolvidos fragmenta a
mudança comportamental, dificultando uma construção significativa, partindo do
princípio que só há aprendizagem se houver mudança de comportamento.
“Educar o imponderável”.(Luis Carlos de
Menezes).
Numa sociedade em constante
transformação, a indústria, a robótica vem eliminando um grande número de
postos de trabalho. As tecnologias de ponta também visam otimizar a diminuição da mão de obra considerada
primária ( portaria, estacionamento, pedágio, radar fotográfico, câmaras de
segurança, satélite de busca). Uma mão de obra cada vez mais qualificada, e
diminuta e uma concentração na área industrial e comercial, a renda está cada
vez mais concentrada nas mãos de poucos. Estamos na era dos Serviços nem sempre
com qualidade, mas com baixo custo e descartáveis. Gestores e Professores estão preparados para
um diálogo sobre políticas públicas e sociais com alunos, pais e comunidade?.
Hoje trabalhamos uma educação
que tenha significado para o aluno, que seja de interesse do educando?
A escola necessita da adesão de seus usuários
(Paro, 2000). A escola deve ter a preocupação de levar o aluno a querer
aprender, de buscar interação entre aluno, família e comunidade.
Investir na vontade de aprender implica tratar
o educando como sujeito, levando a escola
a conhecer os interesses dos alunos e
pais como cidadãos. A escola deve desenvolver valores favoráveis à produção do
saber. O que devemos mudar em nossa prática para que o aluno encontre sentido
em nossa prática e currículo proposto?
Nas décadas de 70 e 80 os professores de
física diziam que ensinavam a disciplina dos deuses. Os professores de
matemática eram mais modestos consideravam-se verdadeiros discípulos de Sócrates e Platão. Fecharam-se em seus
quadrados/ilhas em “pedestais” tão altos, que alunos, professores e gestores
não conseguiam comunicar-se. A aprendizagem foi fragmentada. Habilidades,
competências , desenvolvimento cognitivo e conhecimentos específicos pautados
em um currículo/conteúdos foram praticamente abandonados.
Nos últimos dez anos ninguém cobrou ninguém, com raras exceções. Diários
de classe politicamente corretos, “targetas” entregues bimestralmente, conselho
de classe, enfim obrigações cumpridas. A época do “afeto”. Na ultima avaliação
“PISA” o Brasil ficou em penúltimo lugar.
Virada de 180º - Veio uma nova proposta: um
currículo com componentes curriculares, , conteúdos, pré-requisitos, avaliações
diagnósticas, internas e externas
(SARESP e ENEM), um plano diferenciado
com o qual não estávamos acostumados.
Os autores partem do princípio que todos os alunos tem todos os pré-requisitos
(conhecimento prévio) para a série
proposta. O que é positivo dentro da ótica de currículo em espiral (aumentando
a responsabilidade da recuperação contínua). Porem é constante ouvir do professores “Como vou
desenvolver esse currículo proposto, se muitos alunos não sabem as quatro
operações, principalmente divisões com decimais ,(SNP Sistema de numeração
posicional), bem como ler e interpretar gráficos e tabelas, lembrando que
um número elevado de alunos vem de uma
de uma educação tradicional no ensino fundamental”. Um número pequeno de
escolas trabalham o material dourado, desenvolvem no Tangran,
noções de área, semelhança, simetria,... Soroban. Mesmo o cálculo mental foi
pouco trabalhado em sala de aula bem com outras metodologias de ensino diferenciadas. Encontramos também Unidades
que desenvolvem com sucesso todas essas possibilidades de ensino.
As reuniões pedagógicas
podem ser um momento ideal para discutir
e pontuar essa defasagem constatada em sondagens diagnósticas? Professores,
disciplinas e currículo ainda conversam pouco entre si.
A
utilização da interdisciplinaridade poderia amenizar essas deficiências? Ou os
quadrados/ilhas da década de 80 ainda estão em todos setores da educação,
embora em menor grau, na maioria das vezes mascarados em um discurso
politicamente correto.
Após um trabalho aluno a aluno de
1º ano EM que continua com dificuldades em operações básicas não seria
interessante ensinar a utilização de máquina de calcular para que o mesmo
não ficasse isolado ou “bagunçando” pois
é a forma que o aluno encontra para
mascarar suas dificuldades de aprendizagem ou provocar a saída da classe. Lembramos que
no SARESP, ENEM, vestibular não é permitido uso da calculadora. Que tal um
acompanhamento efetivo desses alunos no sentido de verificar se com ferramentas
e metodologias de ensino diferenciadas resultaria em um aumento dos
indicadores. Uma conversa com os Professores de matemática, física , química
,coordenador ,aluno e família em
Reuniões Pedagógicas ou reunião de conselho, melhoraria a convivência ,
convertendo em ações pontuais para a integração desse aluno. Baseado no
principio que só há aprendizagem se houver evidência de habilidades e competências duradouras,
quando você efetivamente aprende. A dificuldade está em despertar centro de
interesse, gerar novos interesses, possibilitando momentos de criação.
O
professor, estuda, aprende, domina conteúdos, cria possibilidades, desenvolve
habilidades, competências, trabalha o
raciocínio lógico, faz avaliação diagnóstica nas Provas Diagnósticas e
Grades de Correção ), resolve e discute no coletivo as provas diagnósticas,
procura dar Feedback aos alunos, conhecimentos prévios, identifica os pré-requisitos, trabalha na
recuperação contínua no momento em que está aplicando uma situação de
aprendizagem dentro dos conteúdos , trabalha exercícios do SARESP, ENEN,
PISA,VESTIBULAR dentro do grau de dificuldade da unidade didática trabalhada,
revê conteúdos/ habilidades quando o grau de dificuldade é superior para dar
sentido ao aluno e não haver constrangimento.
Procura os colegas para sanar dúvidas ou metodologia de ensino
diferenciada para atingir objetivos de determinada unidade didática. , nas
reuniões pedagógicas trabalha no coletivo juntamente com o professor
coordenador, discute as principais defasagens ( no sentido de trabalhar
pré-requisitos em situações de aprendizagem não trabalhadas em séries anteriores ,conhecimentos
prévios numa ótica do currículo em
espiral) , sugere questões de Atualidades para o Vestibular,
sanando dúvidas em questões possíveis em avaliações internas e externas,
buscando atingir a nova meta do IDESP,
enfim um professor nota 1000.
Como
quebrar essa resistência: “O aluno querer aprender os conteúdos propostos? Que
ferramentas, metodologias de ensino deverão ser utilizadas para dar
significado, criar centro de interesse, enfim dar sentido para o aluno?
Nas séries anteriores foram trabalhadas suas dificuldades? Como
desenvolver a competência leitora, interpretação de texto, contextualização. O
aluno tem pré-requisito, conhecimentos prévios para os conteúdos proposto? O
aluno está familiarizado, com as avaliações externas?
A nova versão considera o “tempo de discussão
“ fundamental à implantação da Proposta Curricular. Esse “tempo” foi
compreendido como um momento único, gerador de novos significados e de mudanças
de idéias e atitudes.
A
maioria das vezes somos donos de um rico discurso, mas uma prática pobre.
Teodorico Sergio Rodrigues de Souza
Você poderia melhorar o texto com algumas sugestões/Correções? O texto está muito longo?
ResponderExcluirUm abraço.
Sergio